Educación, memoria y patrimonio cultural: Hilando mundos, tallando vida, coloreando el vientre y cantando memorias
“Educación, memoria y patrimonio cultural” propõe o acolhimento de investigações, experiências e reflexões sobre processos educativos e suas relações com as memórias e os patrimônios culturais de coletivos e povos de Abya Yala. Neste sentido, pretende-se promover discussões e reflexões sobre os distintos usos do patrimônio e da memória a partir de uma mirada intercultural e decolonial, buscando evidenciar como o campo dos bens patrimoniais e culturais foi acionado pelas narrativas da colonialidade, envolvendo a construção de imagens estereotipadas e o silenciamento das memórias e das culturas de povos indígenas, comunidades quilombolas, pessoas negras, mulheres, pessoas LGBTQIA+, migrantes, refugiados, entre outros coletivos sociais.
Pretende-se destacar a diversidade de memórias, saberes e bens problematizados a partir da noção de Abya Yala em substituição à denominação eurocêntrica América Latina, com a finalidade de contemplar sentimentos e formas próprias de construir a vida e de compreender e vivenciar as expressões culturais, contribuindo para a descolonização do pensamento sobre os patrimônios culturais deste continente. Assim, são objetivos deste eixo temático abordar e promover discussões sobre estas muitas formas de girar mundos, esculpir a vida, colorir a barriga e cantar a memória em um cenário de “memorização de sentimentos”, construídos em processos comunitários e em uma diversidade de experiências semeadas e gestadas a partir dos tecidos comunitários das muitas sociedades, povos e grupos sociais que habitam Abya Yala.
Serão bem vindas experiências e reflexões que abordam a existência e a atuação da diversidade de coletivos sociais na construção de contranarrativas aos discursos coloniais e nos processos educativos e práticas de reivindicação dos direitos às memórias historicamente estereotipadas e/ou ocultadas. Igualmente, serão acolhidos trabalhos que refletem acerca das buscas por repatriação, restituição e reconciliação por parte dos coletivos ou a partir do poder público, processos de reconhecimento dos bens culturais indígenas e afrodescendentes, entre outros, bem como políticas e ações, estatais ou comunitárias, voltadas para a proteção e fortalecimento de bens culturais e desses coletivos culturais indo-afro-latino-americanos.
Serão acolhidos também trabalhos que reflitam sobre os patrimônios e memórias na perspectiva dos bens comuns (communs) e dos bem víveres, focalizando expressões e manifestações dos modos de criar, fazer e viver desses coletivos no exercício resiliente e diuturno de proteção, criação, promoção e transmissão por parte de seus detentores, tais como as condutas artístico-culturais implicadas afirmativamente na conservação dos bens comuns frente às pressões das fronteiras neoextrativistas nos territórios e ambientes, num contexto de mudança climática e aprofundamento das desigualdades.
- Ana Elisa de Castro Freitas, Rosani Moreira Leitão, Camila Moraes Wichers, y Maria Aparecida Bergamashi – Brasil
- William Mavisoy – Colombia
Facultad de Ciencias Humanas y Sociales. Sede el Carmen. Calle 4 N° 3 -56. Ver mapa
- Aula 1: Salón 203
- Aula 2: Centro Cultural